O setor da beleza e estética é um dos mais lucrativos do Brasil — e também um dos que mais crescem. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o mercado movimenta mais de R$ 120 bilhões por ano, com crescimento médio de 10% ao ano. Nesse cenário, abrir CNPJ para clínica de estética deixou de ser uma formalidade burocrática e se tornou um passo estratégico para quem quer profissionalizar o negócio e multiplicar lucros.
A formalização é o que diferencia o empreendedor da estética que sobrevive daquele que prospera. Ter um CNPJ permite emitir notas fiscais, contratar funcionários, abrir conta PJ, reduzir impostos e até participar de licitações e parcerias com planos de saúde ou redes de beleza. Mais do que isso: traz credibilidade, segurança jurídica e oportunidade de crescimento escalável.
Como afirma Luiz Rainato, contador especializado, “a formalização é o primeiro passo para transformar um serviço em um negócio sólido. O CNPJ é o coração financeiro e jurídico da clínica.” Essa visão é essencial para entender que a abertura de um CNPJ não é apenas uma exigência do governo, mas uma decisão de crescimento.
Ao longo deste guia, você vai descobrir qual o tipo ideal de sociedade para sua clínica, qual CNPJ gera menos impostos, e como abrir a clínica de estética legalmente — tudo explicado em linguagem simples, com exemplos reais e recomendações práticas. O conteúdo também mostrará como economizar de forma inteligente por meio do planejamento tributário e do suporte de uma contabilidade especializada, como a R2 Saúde, que atua diretamente com empreendedores do setor da saúde e estética.
O grande erro da maioria dos profissionais da estética é começar informalmente, sem perceber que a ausência de um CNPJ limita o crescimento. A informalidade impede acesso a crédito, reduz a margem de lucro e aumenta os riscos trabalhistas e fiscais. A boa notícia é que o processo para abrir um CNPJ para clínica de estética é simples, rápido e pode ser feito em menos de 10 dias — desde que bem orientado.
Nos próximos tópicos, você entenderá quais são os tipos de sociedade possíveis, como escolher o melhor formato tributário, e como montar uma estrutura que garanta lucratividade e segurança fiscal. Vamos começar pelo primeiro passo: a escolha da sociedade ideal para sua clínica de estética, que é a base jurídica de todo o negócio.
O que você vai aprender nesse conteúdo:
ToggleQuais os tipos de sociedade para uma clínica de estética e qual escolher em 2025
A escolha do tipo de sociedade é o primeiro passo estratégico na hora de abrir um CNPJ para clínica de estética. Ela define as regras de funcionamento, a divisão de lucros e as responsabilidades de cada sócio. Além disso, influencia diretamente no regime tributário e na imagem jurídica da empresa.
Existem quatro modelos principais de sociedade permitidos pela legislação brasileira, cada um com vantagens e limitações específicas:
| Tipo de Sociedade | Características Principais | Indicado para |
|---|---|---|
| Empresário Individual (EI) | CNPJ no nome do proprietário; sem separação patrimonial | Clínicas pequenas com 1 profissional |
| Sociedade Limitada (LTDA) | Dois ou mais sócios; separação entre bens pessoais e da empresa | Clínicas com sócios investidores ou profissionais |
| EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) | Responsabilidade limitada; capital mínimo de 100 salários mínimos | Modelo em extinção, substituído pela SLU |
| Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) | Permite apenas um sócio com responsabilidade limitada | Clínicas individuais que querem segurança jurídica |
1. Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)
A SLU é hoje o formato mais usado por clínicas de estética de pequeno e médio porte. Ela permite que o profissional seja o único dono do negócio, mas com proteção patrimonial — ou seja, dívidas da empresa não afetam seus bens pessoais. Esse modelo é ideal para quem está começando e quer segurança jurídica.
2. Sociedade Limitada (LTDA)
Já a LTDA é a opção mais recomendada para clínicas com dois ou mais sócios. Ela garante divisão formal de cotas e lucros e define responsabilidades em contrato social. É ideal para quem pretende crescer e atrair investidores. A formalização correta, com o apoio de uma contabilidade como a R2 Saúde, evita conflitos societários e otimiza a tributação.
3. Microempreendedor Individual (MEI) — atenção às limitações
Embora seja possível abrir um MEI em algumas atividades estéticas (como depilação, design de sobrancelhas ou maquiagem), esse formato não é válido para clínicas de estética completas. O MEI é limitado a faturar até R$ 81 mil por ano e não permite ter sócios nem executar procedimentos médicos. Se a clínica oferece serviços como harmonização facial, peelings ou microagulhamento, o MEI não se aplica.
4. Sociedade Simples
A Sociedade Simples é voltada a profissionais liberais (como médicos, dentistas e fisioterapeutas) e pode ser uma alternativa para clínicas multiprofissionais. Nesse caso, o foco é o exercício da profissão e não a atividade empresarial. Porém, a carga tributária costuma ser menos vantajosa do que na SLU ou LTDA.
Como escolher o tipo certo
A decisão depende de três fatores principais:
- Número de sócios: se for único, prefira SLU; se houver mais de um, escolha LTDA.
- Projeção de faturamento: se o negócio for pequeno e individual, MEI pode ser temporário; acima disso, SLU é o ideal.
- Risco e patrimônio: quanto maior o risco e o investimento, maior deve ser a proteção jurídica — o que favorece SLU e LTDA.
A R2 Saúde recomenda que o tipo societário seja definido com base em um plano de negócios e simulações tributárias. Isso evita retrabalho e garante que o CNPJ escolhido traga benefícios fiscais e segurança jurídica.
O próximo passo é entender qual o melhor tipo de CNPJ para uma clínica de estética — pois é aqui que entram os códigos CNAE e regimes tributários que impactam diretamente na lucratividade e no valor dos impostos pagos.

Qual o melhor tipo de CNPJ para uma clínica de estética e por que isso impacta nos impostos
Escolher o melhor tipo de CNPJ para clínica de estética é a decisão que mais influencia na carga tributária, nas obrigações legais e até na credibilidade do negócio. O CNPJ define o enquadramento jurídico e tributário da empresa, e cada categoria tem regras próprias de imposto, faturamento e folha de pagamento.
A escolha errada pode fazer sua clínica pagar até 30% a mais em tributos sem necessidade — algo que pode ser evitado com um bom planejamento contábil. Segundo levantamento do Sebrae (2024), clínicas que realizam planejamento tributário antes de abrir o CNPJ economizam, em média, R$ 18 mil por ano em impostos.
Entendendo o CNAE para clínicas de estética
O primeiro passo é escolher o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) correto. É ele quem define a natureza das atividades da clínica e determina quais tributos serão aplicados. Os CNAEs mais utilizados para clínicas de estética são:
| CNAE | Descrição | Enquadramento Tributário |
|---|---|---|
| 9602-01/00 | Atividades de tratamento de beleza (clínicas estéticas) | Pode optar pelo Simples Nacional |
| 8690-9/01 | Atividades de práticas integrativas e complementares | Usado por clínicas com terapias e estética avançada |
| 9609-2/06 | Serviços de depilação | Permite enquadramento no Simples Nacional |
A escolha correta do CNAE deve refletir todas as atividades oferecidas pela clínica (ex: estética facial, corporal, depilação, harmonização). Uma contabilidade especializada como a R2 Saúde pode fazer um mapeamento completo das atividades e definir a melhor combinação de códigos para evitar multas e garantir tributação vantajosa.
Regimes tributários possíveis
Depois de escolher o CNAE, é hora de definir o regime tributário, que determina como a clínica pagará seus impostos. Os principais regimes são:
| Regime | Faturamento anual | Impostos principais | Vantagens |
|---|---|---|---|
| Simples Nacional | Até R$ 4,8 milhões | Unificação de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS e ISS) | Menos burocracia e carga tributária reduzida |
| Lucro Presumido | Acima de R$ 4,8 milhões | IRPJ e CSLL com base em percentual de faturamento | Indicado para clínicas maiores |
| Lucro Real | Faturamento elevado e alto custo operacional | Imposto sobre o lucro efetivo | Ideal para grandes redes com despesas dedutíveis |
Para a maioria das clínicas de estética de pequeno e médio porte, o Simples Nacional é a melhor escolha. Ele simplifica o pagamento de impostos e, dependendo da folha de pagamento, permite aplicar o Fator R, que pode reduzir o imposto de 15,5% para até 6%.
O Fator R e sua importância
O Fator R é um benefício tributário que favorece clínicas com folha de pagamento alta em relação ao faturamento. Se a folha (salários, pró-labore, encargos) representar mais de 28% da receita bruta, a empresa pode ser tributada na faixa mais baixa do Simples Nacional. Isso gera economia significativa.
Exemplo prático:
| Receita Bruta Mensal | Folha de Pagamento | Fator R (%) | Alíquota no Simples |
|---|---|---|---|
| R$ 50.000 | R$ 15.000 | 30% | 6% |
| R$ 50.000 | R$ 8.000 | 16% | 15,5% |
A R2 Saúde orienta seus clientes a manter o Fator R acima de 28%, planejando a folha de pagamento de forma inteligente para garantir a menor alíquota possível.
Melhor estrutura tributária para clínicas
O modelo mais vantajoso costuma ser:
- CNAE principal: 9602-01/00 – Atividades de tratamento de beleza;
- Regime tributário: Simples Nacional com aplicação do Fator R;
- Tipo societário: SLU (para único dono) ou LTDA (com sócios);
- Tributação efetiva: entre 6% e 8% sobre o faturamento.
Essa estrutura proporciona economia tributária, segurança jurídica e facilidade de gestão contábil — fatores decisivos para o crescimento sustentável da clínica.
Com o tipo de CNPJ definido, o próximo passo é entender como abrir uma clínica de estética legalmente, com todos os registros e licenças exigidos por lei, evitando autuações e garantindo funcionamento tranquilo.

Como abrir uma clínica de estética legalmente e evitar erros burocráticos
Abrir uma clínica de estética exige mais do que um bom projeto e uma boa localização — exige regularização completa. A legalização garante que o negócio opere dentro das normas da Anvisa, da vigilância sanitária municipal e dos conselhos de classe (quando aplicável). Além disso, impede autuações e fortalece a reputação da marca.
Segundo a Anvisa, clínicas de estética que trabalham com equipamentos invasivos ou produtos injetáveis precisam de autorização sanitária. Já as que oferecem procedimentos não invasivos devem ter alvará de funcionamento e licença da prefeitura. A falta desses documentos pode resultar em multas que ultrapassam R$ 30 mil e até interdição do espaço.
Passo a passo para abrir uma clínica de estética
- Escolher o tipo de sociedade e regime tributário Defina se a empresa será LTDA ou SLU e em qual regime tributário se enquadrará (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real). Esse passo deve ser feito com orientação contábil, como a da R2 Saúde, que realiza simulações para garantir a estrutura mais econômica.
- Registro na Junta Comercial e emissão do CNPJ O registro é feito digitalmente pelo Portal da Redesim. Após a aprovação, a Receita Federal libera o número do CNPJ em até 72 horas.
- Alvará de funcionamento e licença sanitária Solicite na prefeitura municipal e junto à vigilância sanitária local. O processo envolve vistoria do espaço físico, análise do fluxo de resíduos e comprovação de boas práticas.
- Cadastro no Conselho de Classe (se houver procedimentos de saúde) Caso a clínica realize procedimentos invasivos (como aplicação de toxina botulínica ou bioestimuladores), é obrigatório o registro no Conselho Regional de Enfermagem, Biomedicina ou Medicina, dependendo do profissional responsável.
- Certificado do Corpo de Bombeiros O AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) garante que o local tem condições de segurança contra incêndio e pânico.
- Registro no INSS e FGTS Necessário para contratar funcionários e cumprir obrigações trabalhistas.
Estrutura física e exigências técnicas
A Anvisa define parâmetros específicos para clínicas de estética. Alguns dos principais:
- Área mínima: 12 m² para uma sala de atendimento; 6 m² para esterilização.
- Pisos e paredes laváveis e de fácil limpeza.
- Pias com acionamento não manual em áreas de procedimento.
- Ventilação adequada e iluminação artificial uniforme.
Ter um projeto arquitetônico aprovado pela vigilância é obrigatório. Profissionais de engenharia ou arquitetura devem assinar o layout técnico com planta de fluxos e áreas funcionais.
Documentos necessários
| Documento | Emitido por | Prazo médio |
|---|---|---|
| Contrato Social / Requerimento de Empresário | Junta Comercial | 2 a 5 dias |
| CNPJ | Receita Federal | 1 a 3 dias |
| Alvará de Funcionamento | Prefeitura | 5 a 15 dias |
| Licença Sanitária | Vigilância Sanitária | 10 a 20 dias |
| AVCB | Corpo de Bombeiros | 15 a 30 dias |
Com todos esses registros em mãos, sua clínica de estética poderá funcionar de forma regular e segura. O apoio contábil da R2 Saúde facilita o processo e evita erros que atrasam a liberação de licenças.
Após a legalização, o próximo passo é entender o processo final de abrir CNPJ para clínica de estética — unindo documentação, escolha tributária e estratégias de economia fiscal.
Abrir CNPJ para clínica de estética: passo a passo para formalizar e economizar com inteligência tributária
Chegou o momento decisivo: abrir CNPJ para clínica de estética. Esse processo envolve decisões jurídicas, fiscais e estratégicas que, quando bem conduzidas, geram economia tributária e colocam o negócio em conformidade total com a legislação.
A seguir, você confere o passo a passo completo, com explicações práticas e orientações de especialistas para formalizar sua clínica de forma rápida, segura e vantajosa.
1. Defina a natureza jurídica
A primeira escolha é o tipo de empresa: SLU (Sociedade Limitada Unipessoal) se você for o único dono ou LTDA (Sociedade Limitada) se tiver sócios. Essas opções garantem proteção patrimonial — ou seja, seus bens pessoais ficam separados dos bens da empresa.
A R2 Saúde destaca que esses formatos são ideais para clínicas, pois permitem crescimento escalável, entrada de novos sócios e melhor aproveitamento tributário.
2. Escolha o CNAE correto
O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) define as atividades da clínica e os impostos aplicáveis. O mais utilizado é o 9602-01/00 – Atividades de tratamento de beleza, mas é possível incluir CNAEs secundários para serviços como depilação, estética facial, corporal e terapias integrativas.
3. Registre o contrato social e obtenha o CNPJ
Após definir o tipo societário e o CNAE, o próximo passo é registrar o contrato social na Junta Comercial e emitir o CNPJ pela Receita Federal. Isso pode ser feito totalmente online pelo Portal Redesim, reduzindo o tempo médio de abertura para 3 a 5 dias úteis.
4. Solicite o alvará e licenças obrigatórias
O alvará de funcionamento deve ser obtido junto à prefeitura. Para procedimentos invasivos, é necessária também a licença sanitária da vigilância. Em muitos casos, o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) também é exigido.
5. Escolha o regime tributário ideal
Essa decisão define quanto sua clínica pagará de impostos. Em 2025, a maioria das clínicas de estética se enquadra no Simples Nacional, com alíquotas entre 6% e 15,5%, dependendo do Fator R (relação entre folha e faturamento). Um bom contador pode reduzir legalmente essa carga tributária.
Exemplo comparativo:
| Regime | Alíquota média | Indicado para |
|---|---|---|
| Simples Nacional | 6% a 15,5% | Clínicas com faturamento até R$ 4,8 milhões |
| Lucro Presumido | 13% a 18% | Clínicas com margem alta de lucro |
| Lucro Real | 20% a 25% | Grandes redes com altos custos dedutíveis |
6. Configure a contabilidade digital
A contabilidade é a espinha dorsal do negócio. Uma clínica saudável financeiramente precisa de relatórios mensais, DRE, controle de fluxo de caixa e acompanhamento do Fator R. A R2 Saúde oferece contabilidade digital especializada no setor da estética, garantindo conformidade e economia contínua.
7. Registre-se no INSS e FGTS
Esse registro permite a contratação de colaboradores e o cumprimento das obrigações trabalhistas. Mesmo que a clínica tenha apenas um funcionário, o cadastro é obrigatório.
8. Configure o faturamento e a emissão de notas fiscais
A prefeitura libera o acesso à Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). A emissão é essencial para credibilidade e formalização. Ela também é requisito para parcerias com convênios e marketplaces de estética.
9. Estruture seu planejamento financeiro
Com tudo formalizado, crie um plano financeiro mensal, com metas de faturamento, custo fixo e margem líquida. A R2 Saúde recomenda manter uma reserva de segurança equivalente a três meses de despesas fixas, além de controlar indicadores de desempenho (ticket médio, lucratividade e ROI).
10. Faça acompanhamento contábil periódico
A legislação fiscal muda constantemente. Por isso, tenha uma contabilidade proativa para revisar enquadramento tributário, simular novos cenários e garantir que sua clínica esteja sempre no melhor regime possível.
Seguindo esse passo a passo, você garante uma abertura de CNPJ estratégica e sustentável, com segurança jurídica e economia tributária.






